domingo, 28 de junho de 2020
Do Orgulho à Liberdade
quinta-feira, 25 de junho de 2020
O que arrasta é o exemplo
quarta-feira, 24 de junho de 2020
Homossexualidade sob a ótica do espírito imortal - Andrei Moreira
domingo, 14 de junho de 2020
A metáfora solar
Dia desses ouvi algo que achei tão bonito... Imagine uma pessoa que brigou com o sol, por razões diversas: o envelhecimento da pele, queimaduras, acne etc. Num belo dia, porém, essa pessoa decide fazer as pazes com o sol e, nisso, abre todas as portas e janelas de sua casa como forma de dar acesso aos raios do astro-rei.
Perceba que a distância que essa pessoa tinha do sol é a mesma antes e depois de abertas as portas e janelas. Não obstante, o simples fato de essa pessoa haver se disposto a se colocar em contato com o sol, já faz com que ele a alcance.
Ao ouvir isso, de imediato me lembrei daquela conhecida frase segundo a qual "quando o homem dá um passo em direção a Deus, Deus dá mil passos em direção ao homem". Não há a menor dúvida de que, quanto mais próximos estivermos do Sol, mas Ele nos aquecerá; quanto mais próximos da Luz, mais Ela nos iluminará. Não obstante, sendo eu ainda limitado, sendo eu ainda preguiçoso demais para sair diariamente para uma caminhada e receber na pele o sol da manhã, abro diariamente a minha casinha como forma de dar acesso a esses raios, que, aos poucos, invadem os meus cômodos e até mesmo os meus porões há muito carentes de luz.
É isso. Essa disposição, essa coragem para o primeiro passo o fundamental para toda e qualquer jornada. A despeito das nuvens negras que podem surgir ao longo do dia (e elas surgem), mais vale o primeiro passo, caminho sem volta, e a certeza de que, ainda que o dia nos pareça nublado, o Sol permanece lá, implacável, desejoso de que interrompamos a nossa rotação e nos tornemos Um com Ele, como um rio a se perder no mar... realizado... feliz por haver morrido para finalmente viver...
quarta-feira, 10 de junho de 2020
A sua Resistência não joga pra perder. E você?
quinta-feira, 4 de junho de 2020
O Bruxo do Cosme Velho
O Bruxo do Cosme Velho... Filho de negros forros e criado por uma lavadeira que lhe faz as vezes de madrasta. Um autodidata. Um mulato casado com uma portuguesa branca em pleno século XIX. Uma homem cuja obra, reveladora de um peculiar conhecimento da alma humana, segue atual, vez que o homem – feliz ou infelizmente – não costuma sofrer significativas mudanças. O maior nome da literatura brasileira e um dos maiores nomes da literatura mundial, chegando a ser comparado a Shakespeare, Camões e afins.
Ler Machado de Assis sempre me pareceu árduo, eu confesso, tanto pela pureza da linguagem que caracteriza a sua obra como – hoje eu entendo – por se tratar de uma leitura que, mais do que domínio da língua, exige maturidade e disposição para se aventurar pelas mazelas humanas.
O poeta Henry Wadsworth Longfellow uma vez disse: “As vidas dos grandes homens nos lembram que podemos tornar a nossa vida sublime, deixando para trás pegadas nas areias do tempo.” Aí você contempla a genialidade de um Machado de Assis, o que esse homem foi capaz de fazer, de viver e de criar e vê o seu próprio crescimento enquanto ser humano como algo factível; vislumbra a possibilidade de também se tornar sublime. Veja o quão grandes podemos nos tornar.
Sobre esse profundo conhecedor do drama humano, Carlos Drummond de Andrade escreveu em um poema a ele dedicado: “Outros, da vida, leram apenas um capítulo. Tu leste o livro inteiro”. Em tempos de tamanhas incertezas e referências duvidosas, a notícia do esgotamento dessa nova edição nos EUA nos traz uma esperança renovada, bem como nos convida a revermos as bandeiras que, tão ingênuos e orgulhosos, trazemos no peito. E, como bem disse hoje o Chico Alves, convém que não esqueçamos que uma terra que pariu Machado de Assis não há de ser um caso perdido.