De acordo com o
livro do Gênesis, em diálogo com Noé, Deus estabeleceu o arco-íris como símbolo
da eterna aliança entre Ele e o homem. Bilhões e bilhões de anos mais tarde, porém,
as cores do arco-íris se tornariam, graças ao designer Gilbert Baker, símbolo da
comunidade LGBTQIA+. À primeira vista, parece não haver nenhuma relação entre
uma coisa e outra, né? A verdade, porém, é que tem tudo a ver.
Jesus, aquele a quem tantos de nós escolheram como Senhor e Mestre, é o exemplo máximo de combate à LGBTfobia. Com as suas incontáveis lições de amor, duras críticas à hipocrisia dos fariseus e convites ao autoconhecimento, Cristo se nos apresenta como a conexão entre esses dois sentidos atribuídos às cores do arco-íris em tempos tão distintos.
A máxima “ame ao próximo como a si mesmo”, afinal, nada mais é que uma forma de dizer “ame ao próximo e, para tanto, ame a si mesmo o bastante para não precisar descontar no outro as suas frustrações, medos e indecisões”. Com Jesus a gente aprende que o amor-próprio não dá lugar ao egoísmo, que nada mais revela senão uma autoapreciação que, por exacerbada que pareça, é demasiadamente frágil. É por isso que ora se diz que a polaridade do amor não é o ódio, mas sim o medo.
E foi ele, o medo, que pregou o nosso Mestre na cruz. O medo daqueles que, avessos a quaisquer mudanças na ordem das coisas, temiam aquele que ousava chamar a Deus de “Pai”, exaltar a humanidade dos desvalidos, adentrar a sinagoga e anunciar a Boa-Nova, dizendo: “As escrituras já se cumpriram”.
Que o Mestre Jesus, encarnação do mais puro amor, nos conduza para essa tão necessária jornada para dentro de nós, fortalecendo-nos o suficiente para que o outro, com as suas verdades e idiossincrasias, não represente para nós uma ameaça.
Que vejamos em
todos a Face de Deus, sempre cientes de que o arco colorido que corta os céus
contempla a todos; de Noé aos dias atuais, abraça a TODOS.
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