segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Quando chego aos 37...

Há algum tempo, a polêmica (e adorável) Antonia Fontenelle – naquele velho bate-bola comum ao encerramento das entrevistas – pediu ao igualmente polêmico (e divertidíssimo) Danilo Gentili que lhe contasse um medo.

Depois de refletir um pouco, chegando mesmo à quase conclusão de não ter nenhum medo, o comediante disse algo que muito me impactou.

“Eu tenho medo de uma coisa: tenho medo de ficar muito distante do que Deus quer que eu seja.”

Esta resposta me deixou um bocado pensativo, vez que encerra o que devia ser o único anseio do ser humano: cumprir com o propósito divino de sua alma.

Chegado aos 37 anos, eu olho para trás e vejo que já desejei muitas coisas, seja em termos materiais, afetivos, profissionais e afins. E, havendo tido a graça de conquistar alguns desses objetivos e falhado no alcance de muitos deles (o que, a propósito, também costuma ser uma graça...), desejo no dia de hoje o que gostaria de haver aprendido a desejar lá atrás, mais jovem, quando são gritantes os anseios do ego.

Estar cada vez mais próximo dos planos de Deus para mim.

O curioso é que, se há alguns anos desejar algo assim me parecesse falta de ambição ou até fanatismo religioso ou coisa que o valha, hoje entendo-o como o que de mais nobre e genuíno um homem pode querer para si.

Isso me faz lembrar de uma frase bíblica muito cantada nos meus tempos de católico: “Buscai primeiro o Reino de Deus e a Sua justiça, e tudo mais vos será acrescentado”.

E eu acredito sinceramente que, a despeito de crença, isso tem a ver com termos como meta, como objetivo primeiro, nos tornarmos mais humanos, o que talvez seja o que de melhor podemos fazer por nós e por aqueles que nos cercam: sermos verdadeiramente humanos.

Resta-me, portanto, agradecer ao Criador pela oportunidade a mim concedida até aqui, pedindo a Ele, aos meus mestres amados e benfeitores espirituais sabedoria e inspiração para fazer o melhor dos anos que vêm pela frente.

Gratidão imensa...

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