A alma da rua me chama a trilhar os seus descaminhos.
Não sei aonde vai me levar.
Há tantos lugares aonde ir e tão poucos onde ficar.
Há um moleque soltando pipa nas proximidades do despenhadeiro.
Há uma mulher que amamenta e um cão que arfa
enquanto observa os transeuntes.
E tudo parece ser tão natural para eles.
Sem dúvidas, sem necessidade de questionamento,
sem o anseio por uma felicidade que só se conhece por ouvir falar...
Eu também queria ter assim todo esse sentido de vida.
Uma existência cheia de significado e contentamento por ser o que é,
sem medos, sem expectativas, sem aflições,
sem um desejo de morte a seguir-me como uma sombra.
Não sei aonde vai me levar.
Há tantos lugares aonde ir e tão poucos onde ficar.
Há um moleque soltando pipa nas proximidades do despenhadeiro.
Há uma mulher que amamenta e um cão que arfa
enquanto observa os transeuntes.
E tudo parece ser tão natural para eles.
Sem dúvidas, sem necessidade de questionamento,
sem o anseio por uma felicidade que só se conhece por ouvir falar...
Eu também queria ter assim todo esse sentido de vida.
Uma existência cheia de significado e contentamento por ser o que é,
sem medos, sem expectativas, sem aflições,
sem um desejo de morte a seguir-me como uma sombra.
Será que existe Deus em meio à tempestade?
Haverá soberania que me salve do perigo que sou?
Ninguém sabe, mas eu posso destruir ou salvar a humanidade
em uma questão de segundos.
Eu mesmo ainda não sei.
Portanto, pouco importa agora...
Me lembrei da minha infância na favela.
Do sorvete no sábado à tarde que mais parecia um evento.
Da alegria de quando a luz voltava
e a gente podia assistir Tieta,
pois não havia mais nada a fazer...
Me lembrei do Snoopy à beira da porta da sala
e de eu brincando de bonecas com a minha irmã.
Hoje, quando eu olho para o homem que amo,
é como se de alguma forma estivesse tudo ali.
Aquele desejo insaciável.
Aquele misto de alegria e ausência.
Aquela força.
Haverá soberania que me salve do perigo que sou?
Ninguém sabe, mas eu posso destruir ou salvar a humanidade
em uma questão de segundos.
Eu mesmo ainda não sei.
Portanto, pouco importa agora...
Me lembrei da minha infância na favela.
Do sorvete no sábado à tarde que mais parecia um evento.
Da alegria de quando a luz voltava
e a gente podia assistir Tieta,
pois não havia mais nada a fazer...
Me lembrei do Snoopy à beira da porta da sala
e de eu brincando de bonecas com a minha irmã.
Hoje, quando eu olho para o homem que amo,
é como se de alguma forma estivesse tudo ali.
Aquele desejo insaciável.
Aquele misto de alegria e ausência.
Aquela força.
Eu poderia dizer se tratar de um
"tempo bom que não volta mais".
Mas haverá a possibilidade de tempo bom
durante o tempo em que sou o que sou?
Haverá espaço para a fraqueza nesse curto espaço de tempo?
E por que querer que o tempo volte se tudo vai dar sempre no mesmo lugar?
"tempo bom que não volta mais".
Mas haverá a possibilidade de tempo bom
durante o tempo em que sou o que sou?
Haverá espaço para a fraqueza nesse curto espaço de tempo?
E por que querer que o tempo volte se tudo vai dar sempre no mesmo lugar?
A vida é como uma nau à deriva...
Parece poético, mas são apenas palavras,
tais como aquelas que sempre dizem para ajudar.
Palavras... De palavras se faz o mundo.
Será? Não sei...
Sei que estou uma bagunça, uma desordem.
Preciso abrir as janelas, arejar os cômodos, aspirar os móveis.
Preciso limpar a sujeira há muito varrida para baixo do tapete.
Então depois – só depois – talvez eu possa me matar.
Parece poético, mas são apenas palavras,
tais como aquelas que sempre dizem para ajudar.
Palavras... De palavras se faz o mundo.
Será? Não sei...
Sei que estou uma bagunça, uma desordem.
Preciso abrir as janelas, arejar os cômodos, aspirar os móveis.
Preciso limpar a sujeira há muito varrida para baixo do tapete.
Então depois – só depois – talvez eu possa me matar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário